Faz hoje um ano que António Sérgio deixou de fazer rádio. Isso mesmo, fazer rádio. Essa rádio que não cabe nos espectros radiofónicos ditos comerciais. E essa rádio, ainda existe? Existe. Em alguns pequenos circuitos que teimam em tentar sobreviver. "Como ousam!?"
António Sérgio fui um dos que optou, e pôde, fazer aquele tipo de rádio que alguém faz sem ter de estar enfadonhamente restrito ao que quer que seja - ou melhor, essas restrições vão acabar sempre por existir, há é truques e tentativas de desvanecimento.
Há uma ideia. Há um tema. Há vontade e motivação. Há um programa. Sem barreiras. Apenas aquelas a que, até para nosso bem, nos sujeitamos a desenhar ou deixar construir.
A verdade é que, não foi com o António Sérgio que surgiu o meu apetite pela rádio. Mas, a segunda verdade, é que foi, muitas vezes, ao ouvi-lo, que cresceu esse querer, nos últimos tempos, brindado com a tranquilidade e sensatez com que deslizava pelas noites da Radar. De voz rouca e coração quente. Em formato mais sério e mais sisudo. Ou trauteando algumas melodias mais joviais enquanto acompanhava uma canção.
Singular.
2 comentários:
Adeus Mestre.
Adeus Mestre.
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